«A Conspiração Colonial, Católica e da Hollywood Contra Zumbi» :
Você sabia que Zumbi é uma terminologia de origem Angolana?
N'zumbi é uma palavra pertencente a língua imbangala do grupo étnico M'Bângala que significa «aquele que estava morto e reviveu.» o termo foi simplificado pela língua Portuguesa de Zumbi.
#Zumbi na verdade não é algo ligado ao mal ou coisa parecida. A ligação do termo "Zumbi" associado ao mal deriva na verdade de uma agenda colonial e religiosa que tinha como propósito e objetivo maquilhar desmotivar e desconstruir (a imagem de um dos líderes da resistência contra a opressão colonial no #Brasil conhecido por Zumbi de Palmares), através da religião do sistema colonial imposto na altura, da literatura e da ficção, vulgo, cinema. Ou seja, o significado atribuído propositadamente e pejorativamente aquilo que conhecemos por Zumbi, está muito fora do contexto histórico linguístico e cultural do grupo étnico M'Bângala ou Bângala, assim como do antigo líder Zumbi de Palmares.
A perseguição dos católicos e das entidades coloniais foi de tamanha maleficência que conseguiram até corromper a narrativa da própria historicidade real do Zumbi. Através da religião Zumbi passou a ser um símbolo diabólico ou ligada ao mal, e por via das entidades coloniais, um inimigo foragido do ciclo escravocrata. E com a narrativa já corrompida, o termo e o personagem ganhara um sentido pejorativo. Tanto que após o fim do colonialismo e do imperialismo religioso católico no Brasil, o termo Zumbi começou a se tornar muito popular pelos escritores e realizadores de cinemas através de filmes de terror, e o filme “A noite dos mortos-vivos”, de 1968 foi um dos responsáveis por popularizar o termo e a criatura. Lembrar também que esse processo passou pelo Haiti (associado ao vodum) quando em 1915 o Haiti sofreu a histórica invasão das forças Americanas. Portanto, foi uma questão de agenda colonial contínua. Em 1677 Zumbi se torna oficialmente inimigo público das entidades coloniais e dos católicos. Passado quase dois séculos a história chega às telas e livros nos EUA através dos Haitianos que lutavam contra a presença dos soldados Americanos, usando algumas táticas de guerra "usadas no passado" por Zumbi dos Palmares. Hoje Zumbi se tornou no símbolo máximo do terror (por culpa da Religião Católica, da Literatura colonial, dos EUA, das entidades política coloniais, e etc etc etc).
Ex: No dicionário de língua Portuguesa (Porto editora) Zumbi significa «aquele que vagueia as casas, a horas mortas. Indivíduo que só sai à noite.»
Na Wikipedia o significado de Zumbi está intrinsecamente ligado à ficção da Hollywood como: «Um indivíduo morto-vivo. Um corpo sem alma própria. Um corpo de uma pessoa morta, mas que parece que está viva. Aquele que geralmente possui um espírito maligno controlado por um feiticeiro, ou melhor, age através de forças sobrenaturais, as mesmas que o fizeram voltar do mundo dos mortos etc etc etc.»
O caríssimo leitor deve estar a questionar. Qual era o interesse da religião católica, da entidades coloniais, da literatura maquilhada e da#Hollywood ao termo e personagem Zumbi?
Antes de responder tal questão da tamanha importância, permitam-me caríssimos e digníssimos leitores dizer que : A escrivão dentro e fora de Afrika só foi uma realidade graças a religião. Ou melhor, a colonização esteve intrinsecamente ligada a religião.
R: Sabemos que #ZumbidosPalmares foi o principal representante da resistência Negra à escravidão no período Colonial na República Federal do Brasil. Foi líder do Kilombo dos Palmares, comunidade livre formada por escravos fugitivos. Nasceu em 1655 em Alagoas (Brasil). E aos 25 anos de idade tornou-se líder e guerreiro do Kilombo dos Palmares. Quando criança "com apenas 7 anos de idade foi capturado pelas entidades coloniais" e entregue a um padre Jesuíta Católico. Na verdade o padre quis transformá-lo em uma arma contra o seu povo. Razão pela o baptizou e lhe deu o nome de Francisco. Francisco como também era conhecido nos moldes católico aprendeu álgebra, a falar e a escrever o Português e o Latim. Aos 15 anos de idade, o adolescente Francisco foge de Porto Calvo onde vivia e era educado ou formatado pelo Padre jesuíta católico (Antônio Melo) para viver no#Quilombo ou Kilombo dos Palmares. Na comunidade Kilombola, ele se reencontrou e assumiu a sua real identidade. Deixou de ser o menino católico Francisco, e assumiu ou escolheu um outro nome que lhe identificasse ou lhe ligara as suas raízes Afrikana. E o nome escolhido foi N'Zumbi, simplificado pela língua portuguesa Zumbi. Zumbi como já dissera na língua imbangala do grupo étnico Bângala de Angola significa : "aquele que estava morto e reviveu." Não é que Zumbi de Palmares fosse de facto um morto-vivo como vimos nos cinemas. A partir do momento que ele assume uma identidade ligada às suas raízes culturais Afrikana ele automaticamente se torna num homem novo. Na cultura "dentre vários grupos etno-linguisticos" de Afrika e em particular de Angola, o nome é dado em função do contexto histórico da pessoa. Ex: O nome simboliza aquilo que somos do ponto de vista étnico, cultural, linguístico e espiritual. Ou seja, do ponto de vista cultural, um indivíduo de ascendência Afrikana que nem se quer tem um nome Afrikano ou da sua etnia, é um indivíduo morto sem identidade alguma. O que queira dizer que, do ponto de vista cultural essa pessoa está morta. Para voltar à vida esse indivíduo tem de aceitar 'primeiramente' e a posterior assumir a sua real identidade cultural que começa pela implementação de um novo nome ligado ao seu grupo etno-linguístico. Por isso, Francisco morreu e ressuscitou como um novo homem, nesse caso, Zumbi. Daí adesão ao nome N'zumbi ou Zumbi que é «aquele que estava morto e reviveu». Foi um nome na verdade dado pelos chefes do Kilombo. Felizmente (nessa época) a tradição Afrikana no seio da comunidade do Kilombo dos Palmares foi bem conservada por alguns chefes tradicionais que chegaram ao Brasil como escravos vindos sobretudo de grupos étnicos que hoje fazem parte da República De#Angola.
Zumbi de Palmares assumiu a missão de defender os interesses do Kilombo, e de lutar contra todo tipo de opressão ligado ao sistema colonial. Razão pela qual se tornara num alvo a bater do "então" colono e da igreja católica.
Autoria & Narrativa d&: João Niango Ngombo Kina O Mar Negro Moufty.
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